FLORIANÓPOLIS - Agressão física e ofensas verbais de um aluno de 12 anos da 5ª série do Ensino Fundamental contra sua professora de português viraram caso de polícia. O fato ocorreu ontem, em Florianópolis, na sala de aula do Instituto Estadual de Educação (IEE), maior colégio público de Santa Catarina, atualmente com cerca de cinco mil alunos matriculados. A repreensão da professora ao adolescente que brincava com o celular enquanto a aula era dada deu origem à briga. Segundo versão da professora, que preferiu não se identificar, o aluno se recusou a guardar o celular ao seu primeiro pedido. Quando pediu para que o aparelho lhe fosse entregue, o aluno levantou-se da carteira e partiu em sua direção com agressões verbais e físicas."Me deu um tapa no braço e veio para me dar um soco. Eu disse que se ele tivesse este tipo de atitude teria que encaminhá-lo para a polícia", relatou a professora. Com o adolescente descontrolado e chutando carteiras de outros alunos, a professora pediu o auxilio de um coordenador, sendo os dois encaminhados para a direção da escola. Em seguida, a professora procurou a polícia para fazer um boletim de ocorrência. Conforme a professora, esta foi sua primeira agressão física feita por um aluno em 21 anos de magistério.Com histórico de agressões verbais a outros professores, o adolescente foi afastado da escola, preliminarmente, por um período de sete dias, podendo ser afastado definitivamente. A professora recebeu folga por tempo indeterminado. A diretora geral do IEE, Gilda Mara Marcondes, defendeu a professora. "Ela ficou ferida no braço mas também no coração. Isso abala", comentou.Este não foi o primeiro caso de agressão no ambiente interno do IEE neste ano. Na primeira quinzena de agosto deste ano, uma mãe de aluno entrou no colégio e agrediu violentamente, com tapas e pontapés, uma professora. A mãe justificou o ato à denúncia da filha de oito anos que sua professora lhe batia.Por conta da repercussão do caso as aulas chegaram a ser suspensas. Cerca de 100 professores da instituição repudiaram a atitude violenta em passeada pelas principais ruas da cidade. Pelo menos outras três agressões graves contra professores foram registradas em 2008 e 2009 em Florianópolis.
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